Em tempos mais conscientes, diversos empreendedores e profissionais da construção apostam nos edifícios inteligentes. O conceito, ainda recente, se refere às construções comprometidas com a diminuição do desperdício de energia e com a otimização dos sistemas utilizados nos espaços. Ao contrário dos prédios convencionais, os edifícios inteligentes ou verdes buscam utilizar práticas ambientalmente corretas sem deixar de lado o conforto do usuário. Conheça agora 5 exemplares dessas obras e inspire-se!
1. Eldorado Business Tower – São Paulo, Brasil
O Eldorado foi o primeiro edifício da América Latina a receber o certificado Platinum, e foi construído em 2007. O que traz destaque nessa obra, entre os edifícios inteligentes, é o vidro verde utilizado em uma das fachadas. O material, conhecido por ser bastante frágil, é capaz de aproveitar até 70% da luz natural enquanto retém somente 28% do calor que incide sobre a superfície.
A solução permite, ao mesmo tempo, economia de energia pela diminuição do uso de ar-condicionado e da luz artificial durante o dia. Os elevadores também geram uma economia de 50%, já que contêm um dínamo interno que reaproveita a energia gerada nas subidas e descidas da torre. A água utilizada nos banheiros e no espelho d’água do edifício vem da chuva e dos aparelhos de ar-condicionado. Quando coletada, essa água passa por um tratamento e pode ser reutilizada no próprio prédio.
2. Sello Shopping Center – Espoo, Finlândia
Inaugurado em 2003, o shopping Sello foi o primeiro empreendimento europeu do setor a receber o certificado Leed Gold. Quebrando a ideia de que shoppings são lugares com alto gasto energético, o Sello conta com um centro operacional de controle eficiente, que permite monitorar as atividades nos diferentes espaços do edifício e a partir delas ajustar o consumo a um limite adequado e sem desperdício.
O sistema adapta o consumo de energia de acordo com a quantidade de pessoas presentes nos ambientes. Nesse cuidado, foi possível registrar uma diminuição de 27% no consumo de energia elétrica, e de 15 no consumo de energia termoelétrica, derivada da queima de combustível.
3. Torre Santander – São Paulo, Brasil
Assim como o Eldorado, esse edifício também conta com sistemas de captação e aproveitamento da água da chuva e drenagem dos aparelhos climatizadores, bem como a presença do vidro verde. A torre Santander abriga um sistema de controle de emissão de gás carbônico, monitorado por uma tecnologia que permite otimizar o uso de recursos dentro da edificação. Outra característica interessante é a destinação do lixo orgânico gerado pelos usuários do prédio. Recolhido por uma empresa terceirizada, esse resíduo se transforma em adubo para ser aproveitado na nutrição de plantas e jardins.
4. Aeroporto Internacional O’hare – Chicago, EUA
Considerado o aeroporto mais importante de Chicago, O’Hare conta com um controle de gestão que integra diferentes sistemas como segurança, automação e consumo de energia. Conhecida pela sua arquitetura, a obra foi construída no final da Segunda Guerra Mundial e sua estrutura conecta cinco terminais para uso de transporte de trem gratuito.
Sobre os telhados das torres do aeroporto, há um espaço verde com aproximadamente 104 mil metros quadrados e que se conforma em um jardim. Nele, é possível cultivar plantas suspensas sem a presença de terra. O uso da vegetação na cobertura diminui a concentração de calor nos ambientes internos, diminuindo assim a necessidade de uso da climatização artificial para um consumo energético mais consciente e sustentável
5. Taipei 101 – Taipei, Taiwan
Localizado na capital taiwanesa, o edifício Taipei Financial Center ficou mais conhecido como Taipei 101 em referência à quantidade de andares que possui. Com sistema eficiente de economia de energia, a construção comporta um total de 3400 dispositivos de controle, responsáveis pelo desligamento automático dos aparelhos de ar-condicionado quando há ausência de pessoas nos ambientes.
A obra foi terminada em 2004, com a função de abrigar somente estabelecimentos de escritório. Se comparado com um prédio convencional de mesmo porte, o Taipei 101 gera uma economia de aproximadamente 700 mil dólares por ano. Com seus 508 metros de altura, é considerado o quarto maior edifício do mundo e o mais alto dos edifícios com certificação Leed.
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