Imagem: Studio Arthur Casas
Há cerca de três décadas, passou-se a desenvolver no Brasil um conjunto de movimentos, tendências e técnicas que hoje entende-se por arquitetura contemporânea. É fato que esse estilo se faz cada vez mais presente nos cenários urbanos, à medida que as antigas construções, bem como os lotes baldios, são substituídas por novas edificações.
A arquitetura contemporânea no Brasil possui um estilo único que, embora se aproxime bastante da tendência modernista, não se assimila integralmente a nenhum dos previamente conhecidos. Entretanto, é reconhecida como uma mistura bem-vinda dos estilos prévios, sendo que a cada autor as influências têm pesos diferentes na composição. Esse estilo pouco convencional tem se mostrado crescentemente arrojado, notório e, como fruto disso, premiado mundialmente.
O estilo, que começou a se desenvolver a partir da arquitetura progressista no início dos anos 1990, não obstante ser bastante ligado ao futuro e possuir ideais construtivos como o rigor das formas e a tecnologia integrada, além de padrões minimalistas, não se desatrela do passado, ao passo que apresenta releituras de significados interpretados pelos próprios estilos e elementos. O resultado disso é uma perspectiva mais holística do futuro da arquitetura, além de muito otimista e resoluta, pois não limita os arquitetos à remodelação do passado nem os restringe à modernidade gradativamente imposta por meio da demanda tecnológica.
Esse estilo, que busca evolução e passado simultaneamente, acaba por condicionar o cliente a uma arquitetura altamente acessível porque, por um lado, ele passa a adquirir não somente o produto interessante para os olhos, como também aquele que se faz prático e funcional, a partir da adoção de características que tornam simples a utilização da edificação, sem perder o requinte e afetar sua estética. Por outro lado, a busca da inclusão social, aliada às imposições previstas nas normas regulamentadoras do setor e à demanda cada vez mais rigorosa por parte do cliente, tem se mostrado latente também na arquitetura como expressão de arte, de forma que se tem procurado integrar elementos de acessibilidade à arquitetura da edificação.
Outro aspecto bastante procurado na arquitetura contemporânea é o entendimento das necessidades de utilização do cliente quanto à edificação. A compreensão do fluxo de utilização dos ambientes contemplados ajuda a estruturar o projeto de forma que este atinja o máximo de sua funcionalidade, agregando organização e conforto para o cliente.
Para que a racionalização seja atingida, é mandatório que haja entre cliente e arquiteto um entrosamento que possibilite ao projetista compreender o desejo do cliente no que diz respeito ao produto final. Para isso, todos os detalhes devem ser minuciosamente analisados, de maneira que o projetista, no desenvolvimento do escopo do projeto, esteja de posse de todo tipo de informação que se fizer necessária ao processo criativo.
Conhecendo-se as potenciais necessidades do mercado, é possível desenvolver projetos que atendam ao cliente de forma abrangente sem abrir mão de um design arrojado e diferenciado, criando um estilo que agrada e, como consequência, tem alcançado reconhecimento e prestígio no cenário internacional.
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