spa da casa Karine Espirito Santo 2

Arquitetura orgânica: o que é e como aplicar?

Você já imaginou viver em uma casa onde é possível, sem muito esforço, pegar um sol, apreciar a paisagem e até mesmo ouvir o som da água correndo? É bem provável que sim. O que você pode não ter imaginado é que construções desse tipo fazem parte de uma escola muito famosa: a arquitetura orgânica.

Quer saber mais sobre o assunto? Então continue lendo este post:

A arquitetura orgânica

A arquitetura orgânica (ou organicismo) surgiu das pesquisas realizadas pelo arquiteto americano Frank Lloyd Wright (1867–1959), que acreditava na interação do homem com o meio ambiente. Para Wright, uma construção deve ser como um organismo vivo e estar integrada à natureza e ao ser humano.

Em outras palavras, essa corrente da arquitetura busca o dinamismo na composição dos ambientes e se preocupa com o bem-estar do homem, tanto físico quanto psicológico.

Vale destacar que Wright não inventou a arquitetura orgânica. Ele apenas criou um ícone da filosofia organicista, que sempre esteve presente em muitas construções espalhadas pelo mundo.

As bases dos projetos orgânicos

Você sabia que o organicismo se baseia em 6 princípios? Vamos falar um pouco sobre cada um deles e exemplificá-los com características do principal projeto de Frank Lloyd Wright, a Fallingwater House — uma casa construída entre 1934 e 1937 no meio de uma floresta e sobre uma cascata. Acompanhe:

Gramática

Basicamente, todos os elementos do edifício devem “falar a mesma língua”.

Simplicidade

Característica essencial do organicismo, a simplicidade elimina qualquer elemento que não faça parte da gramática do edifício. Isso não quer dizer que o projeto precisa ser totalmente plano, mas sim que o arquiteto deve explorar todo o potencial dos materiais disponíveis.

Integridade

A integridade na arquitetura orgânica é a integração das partes, de forma que elas criem uma unidade indivisível. Tanto os elementos do edifício — como janelas e paredes — quanto o seu entorno — a paisagem — devem ter a mesma importância.

Na Fallingwater House, as áreas sociais são amplas, envidraçadas e com acesso direto aos balcões.

Continuidade

Há 2 tipos de continuidade:

Continuidade espacial

Também conhecida como “destruição da caixa”, a continuidade espacial é a busca por uma planta contínua, na qual não existem interrupções entre os espaços. Aqui, não existem cômodos delimitados por paredes.

Continuidade física

Já a continuidade física busca mesclar os elementos estéticos e estruturais do edifício para formar uma unidade indivisível. Portanto, não existem quebras nas fachadas.

Existe uma grande integração entre os ambientes interno e externo na Fallingwater House. Os balcões suspensos sobre a cascata convidam os moradores a sair para apreciar a paisagem. E, se quiserem, as pessoas podem chegar ao córrego por uma meio de escada balanço.

Plasticidade

A plasticidade é a percepção do ser humano ao observar algo. No caso da arquitetura orgânica, o conceito se traduz na fusão entre ornamentos e os demais elementos da edificação.

Se você observar bem, a estrutura da Fallingwater House muitas vezes se confunde com as pedras encontradas na área. Isso é, mais uma vez, continuidade.

Natureza dos materiais

Para Frank Lloyd Wright, os arquitetos devem usar os materiais de maneira que as suas propriedades fiquem evidentes. Portanto, os projetos da arquitetura orgânica devem priorizar materiais naturais — como pedra e madeira. Mas nada impede de trabalhar com industrializados, como aço e vidro.

Em uma época em que a sustentabilidade é uma das principais preocupações em todo o mundo, o organicismo e seus belos projetos arquitetônicos ressurgem com força total.

Você gostou deste post sobre arquitetura orgânica? Então siga as nossas páginas nas redes sociais para acompanhar as nossas atualizações: estamos no Facebook, no Instagram, no Pinterest e no YouTube!

CompartilheShare on FacebookShare on Google+Tweet about this on TwitterShare on LinkedInShare on TumblrEmail this to someone

Leave a Reply